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  • Foto do escritorJulio Velasco

A importância de não caminhar sozinho

MAIS DO QUE NUNCA, YNWA!

Foto reprodução: ESPN / Michael Regan / Getty Images


Ao ser derrotado em Anfield para o Chelsea na última quinta-feira, o Liverpool atingiu uma marca não desejada: pela primeira vez em sua história o clube perdeu 5 partidas consecutivas pelo campeonato inglês em sua casa. A equipe comandada por Jürgen Klopp que colecionava recordes e se tornaria o time a ser batido na temporada 2019/20 não permite ao seu torcedor deixar a saudade desses tempos de lado.


E essa bola de neve não deixa de aumentar: desde 1984 que os Reds não ficavam três jogos sem marcar em casa e, ainda, a derrota no último sábado para o Everton, no derby de Merseyside, marcou para os 'Toffees' a vitória em Anfield contra o rival pela primeira vez desde 1999.

Antes disso, o último triunfo azul havia sido em 2010, porém, em Goodison Park.

O elenco, por mais que ainda tenha muitas das caras que fizeram parte da brilhante campanha que liderou a última temporada e se sagrou campeão com 99 pontos, está bem remodelado, se reinventando do jeito que pode e conforme toca a música; e essa trilha sonora cada vez mais se caminha para algo parecido com o clássico tema de Psicose. E é justamente nessa hora, que é necessário trocar o disco para o bom e tradicional You'll Never Walk Alone de sempre.


O Liverpool que sempre esteve acostumado a mandar seus jogos em um Anfield lotado ecoando o lendário cântico, não contou com essa vibração das arquibancadas nas recentes conquistas e, hoje, por conta da pandemia gerada pelo vírus da covid-19, segue encontrando seu estádio vazio também nesses momentos de dificuldades.


E este ainda está longe de ser o único problema do time na atual temporada. Diversos problemas de contusões, frearam o bom início de Diogo Jota, vindo do Wolves, no ataque do Liverpool; além ainda de fazer Klopp quebrar a cabeça para solucionar as também ausências em sua zaga, como a perda de Virgil van Dijk, Joe Gomez e Matip, na qual o Liverpool viria a se ver perdendo ainda Fabinho (este fez seu retorno justamente contra o Chelsea na última quinta-feira) e o capitão Jordan Henderson, substituído contra o Everton com lesão na virilha, que vinham jogando improvisados na zaga.


No meio de tantos golpes, o destino ainda prepararia o mais duro de todos. No último mês, Jürgen Klopp perdia sua mãe, Elisabeth, e, sem poder viajar para participar do funeral, por conta das restrições impostas pela pandemia que gerou o bloqueio internacional, o treinador alemão se apegou e encontrou forças no elenco e nos torcedores de Liverpool; força essa que foi repassada por todos, inclusive Klopp, ao goleiro Alisson que, apenas duas semanas após, perderia o seu pai, José Agostinho Becker, por afogamento em Lavras do Sul (RS).


Em carta, antes da partida contra o Chelsea (que marcaria o retorno de Alisson que acabou sendo poupado contra o Sheffield United), o treinador destacou amar o goleiro brasileiro, assim como o clube e toda a sua torcida, além ainda de afirmar que o maior tributo de Alisson para seu pai é o filho que o arqueiro se tornou. "Ele sabe que eles estarão juntos de novo para celebrar todas as memórias novas que ele criar a partir de agora", completou.


Altos e baixos são comuns em qualquer âmbito da vida. No futebol não seria diferente. Recordes positivos foram quebrado juntos assim como os negativos. As fases boas passam, assim como as ruins também e, no meio disso tudo, seja na situação que for, é válido se apegar na união do grupo e saber que, você não precisará e não caminhará sozinho.



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